Ser Pai ou Ser Mãe é de facto uma condição de existência. É algo que apenas se pode conjugar com o verbo Ser e nunca com o verbo Estar. Pai ou Mãe é-se, não com ponto final, mas com as reticências do para sempre.
Um filho é de facto
uma península que se eterniza, não do ponto de vista físico, marcada pela
biologia da reprodução, mas do ponto de vista emocional… Parte do Amor
incondicional para o infinito.
Por isso a
parentalidade não se torna avaliável pela genética, mas pela condição de Ser. E
o Ser não é identificável laboratorialmente, mas pelo abraço de paternidade
libertária… Do deixar voar com a segurança de um ninho que não se esgota… Da
certeza que o tempo não separa a península do Amor incondicional.
Ser Pai ou Mãe não
pode mudar… Sendo-o é-se na eternidade… E a parentalidade perpetua por isso a
condição espiritual da Humanidade. É na ligação da península que representa um
filho, com o Amor incondicional, que reside a razão da existência. Todo o
restante Amor aprende com este, desenvolve-se a partir deste. O Amor na
parentalidade É o AMOR, nas reticências… Os outros podem transformar-se, do
ponto de exclamação ao ponto final. Mas a referência será sempre este. O Amor
Supremo. O Amor da Parentalidade. Seja como Pais, seja como filhos dos que São
nossos pais. Ninguém ama em supremo no Estar
e por isso Ser Amor é sinónimo de Ser
na Parentalidade.