quinta-feira, 21 de julho de 2016

Ensaio sobre a Parentalidade


Ser Pai ou Ser Mãe é de facto uma condição de existência. É algo que apenas se pode conjugar com o verbo Ser e nunca com o verbo Estar. Pai ou Mãe é-se, não com ponto final, mas com as reticências do para sempre.

Um filho é de facto uma península que se eterniza, não do ponto de vista físico, marcada pela biologia da reprodução, mas do ponto de vista emocional… Parte do Amor incondicional para o infinito.

Por isso a parentalidade não se torna avaliável pela genética, mas pela condição de Ser. E o Ser não é identificável laboratorialmente, mas pelo abraço de paternidade libertária… Do deixar voar com a segurança de um ninho que não se esgota… Da certeza que o tempo não separa a península do Amor incondicional.

Ser Pai ou Mãe não pode mudar… Sendo-o é-se na eternidade… E a parentalidade perpetua por isso a condição espiritual da Humanidade. É na ligação da península que representa um filho, com o Amor incondicional, que reside a razão da existência. Todo o restante Amor aprende com este, desenvolve-se a partir deste. O Amor na parentalidade É o AMOR, nas reticências… Os outros podem transformar-se, do ponto de exclamação ao ponto final. Mas a referência será sempre este. O Amor Supremo. O Amor da Parentalidade. Seja como Pais, seja como filhos dos que São nossos pais. Ninguém ama em supremo no Estar e por isso Ser Amor é sinónimo de Ser na Parentalidade.

Parentalidade... Ser... Existir... 



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